Clássico,  Romance

RELI ORGULHO E PRECONCEITO

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Hoje estou passando para falar um pouco sobre minha experiência com a releitura de Orgulho e Preconceito.

Antes de começar, queria deixar aqui a dica de um perfil literário maravilhoso da minha amiga Déa. Nós relemos juntas esse livro o que tornou a leitura melhor ainda! Visitem ela no Instagram @dea.vianna.12!  

Na primeira vez que li me apaixonei pela história, pela escrita da autora e pelos personagens, e agora não foi diferente. Contudo, pude observar que na releitura temos um olhar mais aguçado para detalhes que em um primeiro momento deixamos passar.

Neste post, vou trazer uma breve análise de alguns pontos que achei muito interessante e que pude observar melhor com a releitura.

 1 – Elizabeth não é perfeita!

Gente como a gente, nossa querida Lizzy Bennet também tem seus defeitos. Isso torna a personagem mais real e mais próxima de nós leitores.

Na primeira vez que li, também notei esse fato, mas com a empolgação da primeira leitura passou mais batido do que agora.

Em vários momentos do livro podemos ver que Elizabeth tem suas opiniões e não abre mão delas. Quando Charlotte decide aceitar o pedido de casamento do Sr. Collins, ela acredita piamente que a amiga fez uma má escolha e em seu intimo se sente contrariada. Contudo, Lizzy não leva em consideração que para algumas mulheres, o simples fato de conseguir a segurança que o casamento trazia na época já era uma grande conquista. Muitas mulheres não podiam se dar ao luxo de esperar por um amor verdadeiro, e esse era exatamente o pensamento e a posição de Charlotte que se sentiu, ao contrário do que Lizzy achava, sortuda por conseguir um matrimonio.

Em relação ao Sr. Darcy, Lizzy se deixa levar pela história de Wickham e sem ao menos lhe dar o benefício da dúvida o julga como culpado. Essa precipitação, no entanto, se da em grande parte pela primeira impressão, que não é boa e com razão. Mas, por ser uma moça sensata, Lizzy poderia ter investigado melhor a história, dando uma chance de defesa ao Sr. Darcy.

2 – Sra. Bennet tem razão!

Aposto que chamei a atenção de vocês com esse tópico, não é?! Mas calma! Não quero dizer que a Sra. Bennet é o modelo perfeito de mulher! Ela tem muitas falhas, mas ao consideramos suas razões e a época em que vive, podemos entender um pouco melhor seus motivos.

A preocupação dela em ver as filhas casadas tem grande fundamentação. Naquela época as mulheres não tinham praticamente nenhum direito e um bom casamento era o ápice na vida delas. No caso das Bennets tudo ficava mais difícil, pois por não ter nenhum irmão homem, quando o pai viesse a falecer elas não poderiam ficar com a propriedade que seria passada para o próximo parente homem, no caso o Sr. Collins.

A Sra. Bennet morria de medo de o marido falecer antes das filhas terem se casado e que elas ficassem a mingua sem ter onde morar. Essa preocupação do futuro das filhas é muito válida para uma mãe, principalmente naquele tempo. Conseguir um bom casamento iria garantir que as filhas tivessem a segurança de um lar.

É claro que a Sra. Bennet era exagerada e indelicada quanto a esse assunto, sem um pingo de vergonha de mostrar sua intenção. Mas não podemos taxá-la como uma personagem de todo ruim, pois mesmo com seus exageros e futilidade ela realmente se preocupava com as filhas.

Nesse sentido, digo que a Sra. Bennet tinha razão.

3 – Jane Austen realmente estava a frente de seu tempo!

Não é novidade que Jane Austen foi uma escritora maravilhosa, prova é que até hoje faz sucesso. Mas com a releitura eu pude observar que ela realmente foi fundo em suas críticas.        

Sempre levantando pontos controversos da época, ela explora as limitações vivenciadas, principalmente pelas mulheres, de forma abrangente. Em certos momentos vemos que as próprias mulheres viam com maus olhos uma mulher mais independente. Isso fica claro quando a Srta. Bingley critica Elizabeth e sua independência.

A crítica aqui é fortíssima, uma vez que a autora mostra que a limitação social não era imposta somente pelos homens, mas muitas vezes partiam das próprias mulheres que ao invés de se inspirarem umas nas outras e se apoiarem, criticavam e desmereciam aquelas que fugiam das restritas regras sociais.

O livro é recheado de sátiras e críticas desse tipo, mas não vou citar todas aqui, ou o post ficaria muito extenso!

Como conclusão, quero mais uma vez enaltecer a grandeza dessa obra e recomendar a todos que leiam e releiam!

A releitura apenas reforçou meu amor pela escrita de Jane! Então não deixem de ter essa experiência literária maravilhosa também!!

Um beijo e até a próxima pessoal!

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